Revisitando o Proálcool e algumas de suas práticas
Márcio Turra de Ávila, professor da UFSCar - Universidade Federal de São Carlos, iniciou a apresentação citando o Proálcool: o programa estabeleceu os padrões para os motores carburados a álcool na época, e eles eram muito interessantes porque permitiam uma queima interessante do combustível.
Segundo o professor, os motores carburados da época podem ser considerados melhores do que os modelos flex atuais, e compartilhou sua experiência pessoal com um modelo desenvolvido pela Ford há mais de 30 anos que classifica como ‘fantástico’: “eu tenho até hoje um Del Rey que dá partida sem gasolina e já rodou 400 mil quilômetros; nunca tive grandes problemas com ele”. De acordo com Márcio, poucos minutos após a ignição, a mistura está ótima para ser queimada.
O professor lembrou a estrutura estabelecida à época do Proálcool para a troca de experiências através dos Centros de Apoio Tecnológico. Nessa época, representantes dos centros se reuniam regularmente em Brasília para compartilhar melhores práticas e aprimorar as especificações técnicas.
Como melhoria para o cenário atual, o pesquisador sugeriu que os órgãos de fomento voltem a estimular o desenvolvimento de pesquisas nessa área. Também sugeriu que se realizem encontros regulares para a troca de informações e experiências entre pesquisadores: “atualmente, são poucas as linhas de editais lançados nesse segmento”.