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III Seminário Internacional sobre Uso Eficiente do Etanol
20 de Setembro a 21 de Setembro
Auditório da Bosch - Via Anhaguera, Km 98 - Campinas - SP

Etiquetagem e eficiência energética dos veículos automotores

Marcelo Bales, engenheiro da CETESB que integra o Comitê do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do INMETRO (PBEV). Foto: João Batista.
Marcelo Bales, engenheiro da CETESB que integra o Comitê do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do INMETRO (PBEV). Foto: João Batista.

Marcelo Bales, engenheiro da CETESB, e membro do Comitê do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular do INMETRO (PBEV), apresentou o novo programa brasileiro de etiquetagem.

Com um breve histórico inicial, o palestrante citou que em 2005 houve uma decisão no sentido de encaixar os veículos na Lei de Eficiência Energética. Em 2006 foi formado um Grupo Técnico. A partir de 2009, o programa começou a ser implementado com a etiquetagem dos veículos em caráter voluntário.

O esforço brasileiro para estabelecer um padrão de etiquetagem dos veículos foi empreendido em sintonia com iniciativas similares mundo afora.

Desde o começo, o programa brasileiro estabeleceu categorias de veículos para que seja feita uma comparação entre veículos similares (compactos, micro compactos, médios, grandes, extra grandes e utilitários esportivos, entre outros).

O selo brasileiro utiliza duas letras para indicar a eficiência do veículo, sendo a primeira delas para indicar a posição em relação à categoria em que o veículo está inserido, e a segunda para estabelecer uma comparação com toda a base de veículos analisados.

Como as medições dos veículos são realizadas em condições ideais de laboratório que emulam o trânsito urbano e a autoestrada, os norte-americanos criaram uma metodologia de conversão para consolidar os dados dessas duas categorias que foi adotada pelo Brasil para a exibição das informações na etiqueta.

O técnico apresentou a etiqueta brasileira, mostrando as classificações por letra: verde é o melhor, o mais eficiente, enquanto o vermelho é o menos eficiente.

Marcelo Bales apresentou o ‘Selo CONPET de Eficiência Energética Veicular’, premiação a ser concedida aos melhores veículos, tanto na comparação com a categoria, como na comparação com todos os demais, iniciativa com a qual se pretende estimular ainda mais o desenvolvimento de carros econômicos e eficientes.

O programa, que era inteiramente voluntário, passou a incorporar novas regras em 2013 que praticamente obrigaram os fabricantes a aderir. Com a rápida incorporação de uma série de modelos, em 2015 os técnicos perceberam uma retração na eficiência energética dos veículos dentro do programa, e perceberam que isso tinha relação com a incorporação do novo conjunto de veículos de menor eficiência que antes ficava de fora.

Durante evento, o palestrante apresentou uma comparação entre 236 modelos diferentes de veículos, mostrando a comparação entre etanol e gasolina. A média dos números apresentados traz a relação de 69% entre os dois combustíveis.

De acordo com o especialista, é fundamental criar uma cultura de eficiência energética na sociedade. Infelizmente, segundo ele, é possível perceber uma tendência de incremento de veículos maiores, de maior consumo de combustível, sinal de que o consumidor não está tão atento às medidas de eficiência energética.

Marcelo sugeriu como próximo passo para a regulamentação que se estabeleçam critérios para eliminação pura e simples, ou penalização dos modelos que estejam abaixo dos padrões mínimos aceitáveis de eficiência. Pelo critério da penalização, os menos eficientes pagariam maior tributação, para que haja um bônus em prol dos mais eficientes.

O programa já está preparado para receber os híbridos, mas não os elétricos. O palestrante declarou que “precisamos também incorporar novas categorias de produtos, incluindo caminhões e veículos pesados em geral, além de melhoria de operações e mudança de modal”.

Por fim, comentou sobre o desafio de manter a etiqueta simples para que o consumidor comum possa compreendê-la.

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