Brasil precisa desenvolver o etanol para cumprir sua parte na COP 21
Por fim, encerrando o Seminário, Elizabeth Farina, presidente da UNICA, começou falando sobre o peso da Petrobras no setor de transportes brasileiro. Mesmo que a presença da Petrobras seja muito pequena em biocombustíveis, o impacto de sua atuação no mercado é determinante, já que um aumento ou diminuição no preço da gasolina tem reflexos sobre os demais combustíveis que competem pela mesma base de consumidores.
Sobre o etanol, Elizabeth Farina comentou que “temos que lembrar que o atributo diferenciador do produto é o fator ambiental. Ele é superimportante para o abastecimento mundial no futuro e crucial para que o Brasil e mesmo outros países alcancem suas metas ambiciosas pelos compromissos de redução de emissão de gases do efeito estufa assumidos durante a COP 21. O Governo brasileiro foi reconhecido por ter levado uma proposta ambiciosa naquela reunião. Agora, a pressão está colocada”.
Elizabeth colocou a questão pragmática que todas as pessoas envolvidas com o planejamento energético do país deveriam estar se fazendo neste momento: “o setor de transportes responde no mundo por 30% das emissões. Eu tenho que abater esses 30%, até 2030. Como fazer isso sem a participação de biocombustíveis?”, questionou.
A executiva da ÚNICA comentou que a crise de 15/16 está estimulando uma migração do consumidor da gasolina para o etanol, já que o preço é um fator determinante para ele. As pessoas declaram que gastam menos para encher o tanque usando o etanol.
Finalizou sintetizando que “o etanol é um trunfo, uma grande vantagem que o Brasil tem em relação aos outros países, e precisamos aproveitá-la”.