O etanol compete com as limitações do Brasil
O professor da USP José Roberto Moreira, introduziu o painel das 15h desta terça-feira com uma nota autobiográfica sobre sua atividade acadêmica em comparação aos colegas que se dedicam a outras energias: fotovoltaica e eólica. Enquanto eles estão felizes com o avanço dessas tecnologias e seu papel cada vez mais proeminente, o professor se declarou frustrado, já que, em sua avaliação, o etanol pouco avança. "Eu compito com as limitações do Brasil e com um cenário de falta de investimentos e incentivo, incluindo baixo investimento em tecnologia, e inconsistência nas ações de governo ", declarou.
Para o professor, a energia proveniente da biomassa vem recebendo pouca atenção no país: "biomassa é do interesse de país tropical, e ninguém vai fazer nada por nós. O investimento em pesquisa e tecnologia em torno do desenvolvimento da biomassa tem que ser nosso, o interesse é nosso". Ele afirmou também que "a biomassa é um produto fantástico, você pode fazer energia e combustível. E as emissões são muito menores". Ainda segundo o professor, o baixo volume de recursos investidos nessa matriz torna a concorrência extremamente injusta: "a competição deve estar em fator 10 ou 20 em comparação com as tecnologias rivais, e estamos perdendo terreno".