As vantagens ambientais do etanol em relação a outros combustíveis automotivos são bem conhecidas. Sabe-se também que o etanol tem um poder calorífico por litro 30% menor que o da gasolina. É menos divulgado, porém, que, devido a outras características, o seu desempenho em um motor apropriado pode ser bem melhor, o que aumentaria sua competitividade com a gasolina.
Embora no Brasil cerca de cinco milhões de carros sejam abastecidos apenas com etanol, estes, na maioria, são “flex”; usam motores essencialmente projetados para gasolina adaptados para funcionar com etanol, porém com eficiência inferior à potencial. Atualmente, enquanto 20% dos modelos oferecidos são apenas a gasolina, não há oferta de carros a etanol.
O Seminário visa o exame e reconhecimento da competitividade do etanol. Irá discutir até que ponto os “flex” podem ser aperfeiçoados para terem maior eficiência no uso do mesmo e a possibilidade do Brasil voltar a produzir carros a etanol. Apresentará, ainda, a possibilidade de substituir diesel por etanol em veículos pesados, tema da maior importância para o setor de cana, que depende fortemente do diesel para a plantação, colheita e transporte da cana.
O uso eficiente do etanol veicular afeta positivamente a economia dos consumidores e de todos os agentes ao longo da sua cadeia de produção e transformações, contribuindo para revigorar o único combustível renovável e para diversificar a produção da indústria automotiva, tendo também em vista novos mercados em outros países.
Sobre o INEE: Criado em 1994, o INEE promove e desenvolve ações para caracterizar e racionalizar as cadeias energéticas, das fontes primárias ao uso final. Em sua atuação, o INEE procura contribuir para eliminar imperfeições de mercado que levam ao desperdício de energia. Uma das linhas relevantes tem sido o aumento da eficiência nas cadeias energéticas da biomassa, tanto da cana de açúcar quanto a da lenha, com a melhora de práticas de produção e redução de barreiras comerciais, de modo a liberar potenciais importantes para a economia e reduzir agressões ao meio ambiente do país (www.inee.org.br).
Sobre o IBESC: O Instituto BESC de Humanidades e Economia tem realizado significativos trabalhos na arregimentação de instituições, empresários, autoridades dos poderes executivo, legislativo e judiciário dos três níveis da Federação, além de estudiosos e estudantes, para a discussão de relevantes temas econômicos, sociais e culturais, no Brasil e no exterior. (www.institutobesc.org).
Agroindústria da cana, indústria automotiva, sistemistas, investidores institucionais, agências financeiras, agências reguladoras, licenciadoras, financiadoras e planejadoras dos Governos Federal, Estadual e Municipal relacionadas aos temas de energia e meio ambiente e centros de ensino e pesquisa.