O Workshop introduz e discute formas para aumentar a eficiência dos veículos a etanol no Brasil e ações para atingir este objetivo.
O uso do etanol como combustível automotivo é normalmente ressaltado pelos aspectos ambientais muito positivos apesar de ter 26% menos energia por litro do que a gasolina.
O etanol, no entanto, é homogêneo e tem características físico-químicas (octanagem e calor latente elevados, dentre outras) que bem aproveitadas fazem dele um combustível mais adequado aos motores de combustão interna do que a gasolina. A teoria, já comprovada em ensaios e protótipos, indica que um motor a etanol pode apresentar eficiência semelhante à de um motor diesel, de modo que o consumo de um carro a etanol seria, em termos volumétricos, próximo ao de um carro a gasolina similar.
Avaliações pelo INMETRO mostram que as eficiências (em MJ/km) de todos os carros “flex” comercializados em 2013, quando usam etanol, são inferiores às observadas quando usam gasolina. Nesse ano, embora 20% dos modelos oferecidos sejam apenas a gasolina, nenhum carro a etanol é oferecido.
O Workshop discute até que ponto os motores “flex” podem ser tecnicamente aperfeiçoados para retirar e até inverter o viés mencionado. Discute também a possibilidade do Brasil voltar a produzir carros a etanol e o uso do etanol nos carros híbrido-elétricos que começam a ser comercializados no Brasil. Discute, ainda, a substituição do diesel pelo etanol em veículos pesados, um tema da maior importância para o país, em particular para o setor de cana que hoje depende fortemente do diesel para a colheita e o transporte da cana.
O uso mais eficiente do etanol veicular ocorre ao longo de uma cadeia energética que se inicia nas plantações de cana e termina na roda dos veículos. Afeta positivamente a economia dos consumidores de etanol e de todos os agentes ao longo da cadeia de produção e transformações, contribuindo para aumentar a oferta de energia final sem aumentar a área plantada.
Sobre o INEE: Criado em 1994, o INEE promove e desenvolve ações para caracterizar e racionalizar as cadeias energéticas, das fontes primárias ao uso final. Em sua atuação, o INEE procura contribuir para eliminar imperfeições de mercado que levam ao desperdício de energia. Uma das linhas relevantes tem sido o aumento da eficiência nas cadeias energéticas da biomassa, tanto da cana de açúcar quanto a da lenha, com a melhora de práticas de produção e redução de barreiras comerciais, de modo a liberar potenciais importantes para a economia e o meio ambiente do país.
Profissionais do setor sucroenergético, de indústrias de peletização, do segmento automotivo, comercializadores de energia, investidores institucionais, agências de Governo Federal e Estadual relacionadas aos temas de energia e meio ambiente, entre outros